Maria Helena de Souza Pereira, mãe de Francisco de Assis, o Maníaco do Parque, concedeu entrevista ao “Tá Na Hora”, do SBT. Na conversa, que foi ao ar ontem (10), a senhora de 77 anos revelou se pretende recebê-lo daqui a quatro anos, caso ele seja solto em 2028.
Questionada sobre o possível reencontro com Francisco, Maria Helena confessou que não o visita há uma década. Durante esse período, o assassino concordou em receber as visitas de uma mulher como sua “representante familiar” no presídio.
Anteriormente, dona Maria havia declarado que não o receberia de volta, mas agora afirma que ainda tem esperanças de vê-lo sair do regime fechado. “A minha casa está aberta a todo momento que ele [quiser]. Não sei dele, se ele vai querer”, ressaltou.
Ainda na reportagem, a família revelou que, mesmo após 26 anos de prisão, Francisco continua recebendo centenas de cartas na casa de Maria Helena, em São José do Rio Preto. As remetentes são mulheres que compartilham sentimentos românticos pelo homem, considerado um dos maiores serial killers do Brasil.
Algumas dessas mulheres chegam a fazer propostas de relacionamento com Francisco, condenado a mais de 280 anos de prisão pela morte de nove mulheres. Uma delas escreveu: “Querido Francisco, quanto esta carta chegar às suas mãos, espero que esteja em paz. Acompanhando o noticiário, soube da sua trajetória e desde então ei a sentir algo profundo e inexplicável por você. Mesmo conhecendo as acusações, meu instinto me diz que sua alma é bonita, apesar dos erros que o levaram à prisão”.
Para Maria Helena, o “carinho” que as mulheres demonstram por Francisco não é surpresa, pois, segundo ela, ele sempre foi “charmoso e sedutor”. Além das cartas, ela guarda também a caderneta de notas do filho da época da 5ª série, quando ainda moravam em São Paulo.
Quando questionados sobre como Francisco teria se transformado de uma criança bem comportada em um criminoso, o irmão dele, Luís Carlos Pereira, afirmou que a explicação seria “espiritual”. “É uma coisa diabólica mesmo. Ele foi liberto disso aí, desse demônio. Ele teve um surto, um problema que ele achou que ele tinha morrido. E aí quando ele sentiu que aquele espírito saiu dele. Diz ele pra gente e eu acredito nisso. Quero acreditar e vou acreditar até o fim. Então ele morreu, isso aí morreu, não existe mais. Voltou a existir o Francisco, o meu irmão”, afirmou.
“Ele voltou a ser o Francisco que sempre foi”, disse a mãe. “Eles foram muito bem criados, esses meninos. Eles tinham religião, nós somos católicos (…) Eu não me sinto culpada, mas saiu fora, o que que eu vou fazer, né">