A companhia aérea American Airlines se pronunciou nesta segunda-feira (10) sobre a acusação feita por Ingrid Guimarães. A atriz publicou um longo desabafo no domingo (9), relatando uma situação “absurda” e “abusiva” que viveu durante um voo de Nova York para o Rio de Janeiro. Segundo Ingrid, ela foi coagida por comissários de bordo a ceder seu assento na Economy e viajar em uma poltrona da classe econômica, mesmo tendo pago a mais pela agem.
Em nota divulgada pelo Metrópoles, a American Airlines afirmou estar tomando providências em relação ao caso. “Nosso objetivo é proporcionar uma experiência de viagem positiva e segura para todos os nossos ageiros. Um membro de nossa equipe está entrando em contato com um cliente para entender mais sobre sua experiência e resolver a questão”, declarou a companhia.
O perfil oficial da empresa no Instagram foi inundado por comentários de brasileiros indignados com a situação relatada por Ingrid. Em um post comemorativo do Dia Internacional da Mulher, diversos internautas expressaram seu descontentamento. “Muito bonito desejar feliz Dia da Mulher e humilhar uma mulher brasileira no mesmo dia no voo de vocês! Tomara que paguem na justiça!“, escreveu um usuário, cujo comentário recebeu quase 30 mil curtidas. Outro ironizou: “Se eu pegar um voo com vocês, vão me expulsar do avião também?“.

Em entrevista ao jornal O Globo, Ingrid detalhou o ocorrido e confirmou que tomará medidas legais contra a companhia aérea. “É óbvio que vou processar, mas não tem dinheiro que pague o que eu ei“, afirmou.
A atriz relatou o início da confusão: “O funcionário me disse: ‘Bad news, a senhora vai ter que ir para a classe econômica, porque terá que ceder seu lugar para uma pessoa da primeira classe’. Eu disse que não ia porque comprei meu assento na . Por que teria que resolver um problema que era da Executiva?“.
Após a recusa de Ingrid, um segundo comissário se aproximou e, em seguida, mais um. Em determinado momento, os funcionários anunciaram para todos os ageiros que o avião não decolaria enquanto ela não aceitasse a mudança para a classe econômica. Segundo a atriz, sua irmã e seu cunhado tentaram intervir, mas foram repreendidos e mandados “calar a boca”.
“Minha filha também estava na Econômica e disse que eles não explicaram nada do que estava acontecendo aos ageiros. Não sabiam que eu era uma pessoa pública. Colocaram o avião inteiro contra mim. Pessoas diziam: ‘Fala sério que a gente vai ter que descer por conta de um capricho seu’. Um advogado brasileiro que estava ao lado disse: ‘Ingrid, é melhor você sair, porque daqui a pouco vai sair algemada do avião’. Óbvio que saí, né? Dá uma sensação de impotência enorme. Fiquei muito humilhada, com uma sensação de fragilidade absoluta. Foi uma situação abusiva, constrangedora, fui muito desrespeitada“, desabafou.

Por fim, Ingrid destacou que acredita ter sido escolhida para ceder o lugar porque “era mulher e estava viajando sozinha”. “Isso na véspera do Dia Internacional da Mulher. Afirmaram que olham a reserva para não separar famílias. Quando levantei da poltrona, enfiaram um papelzinho na minha mão. Quando vi, era um voucher de 300 dólares. Não era dinheiro em si, e sim um desconto para uma próxima viagem“, contou. E concluiu: “Não tem a menor chance de eu não processar. Nem é pelo dinheiro, é pelo tratamento. Me colocaram em uma situação constrangedora“.
A atriz também falou sobre o ocorrido em seu perfil no Instagram.
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