Cassie Ventura revelou o apelido “repugnante e incestuoso” que foi obrigada a dar a Sean “Diddy” Combs durante as polêmicas freak-offs. Ao comparecer no tribunal, na terça-feira (13), a cantora itiu que só foi entender hoje o quão desrespeitoso o nome era. Em depoimento, ela ainda descreveu os casos de agressão dos quais foi vítima.
O exposed de Cassie foi feito aos jurados após mostrar um e-mail entre ela e uma pessoa chamada “Pop Pop”, durante seu depoimento. “Ele queria que eu lhe desse um apelido. Ele me perguntou como eu chamava meu avô, e eu disse que o chamava de ‘Pop Pop'”, recordou ela.
A artista também disse que achou o pedido de Diddy “estranho na época”. “Mas agora acho que é simplesmente desrespeitoso”, refletiu. Em outro trecho, a voz de “Me & You” detalhou as vezes em que foi violentada pelo rapper. “Ele me batia na cabeça, me derrubava, me arrastava, me chutava, pisava na minha cabeça se eu estivesse caída”, relatou.
Ventura afirmou que era agredida apenas por “fazer a expressão facial errada”. “Também senti que em certos momentos… Eu sabia que nem era sobre mim. [Eu] fazia a cara errada e a próxima coisa que eu sabia era que estava levando uma pancada no rosto”, contou.

Segundo o Page Six, Cassie “caiu no choro” ao abordar o comportamento violento de Diddy durante o relacionamento deles. “A feição dele simplesmente mudava, ele se tornava uma pessoa diferente. A melhor maneira de descrever isso é que seus olhos simplesmente escurecem. A versão pela qual eu era apaixonada não existe mais”, lamentou.
Ainda no depoimento, a cantora apontou que Diddy brigava com ela por pequenas divergências, dizendo-lhe para “consertar [seu] rosto ou tomar cuidado [com sua] boca”, e logo depois batia no rosto dela. Ventura também declarou que sofria abuso psicológico “todos os dias” porque nem sempre “sabia quem ele seria quando” acordassem.
Fetiches e orgias
Cassie explicou que foi apresentada às festas polêmicas, mais conhecidas como “freak-offs”, quando tinha cerca de 22 anos. A cantora alegou que Combs “orientava” ela e um parceiro sexual sobre o que fazer em um ato que acreditava ser “voyeurismo”. Ou seja, quando uma pessoa fica excitada ao ver outras se envolvendo mais intimamente ou até sexualmente.
“Basicamente, isso envolve contratar um acompanhante e organizar essa experiência para que eu possa me apresentar para Sean. Eu estava apaixonada e só queria fazê-lo feliz”, justificou a vítima sobre o fetiche. Ventura salientou que era “sexualmente inexperiente” quando conheceu Combs e que ele, às vezes, a fazia “se sentir louca por não retribuir o sexo oral”.
A artista disse que se ela não quisesse participar de atos sexuais durante o relacionamento, o rapper ficaria bravo, o que a fazia se sentir “humilhada” e como se aquilo fosse “tudo para o que ela servia”. Cassie também confessou que estava em um relacionamento com outra pessoa quando o romance com o réu começou.

Drogas e controle
Conforme o depoimento, Ventura informou que estava frequentemente sob a influência de drogas como ecstasy, maconha, cetamina, GHB (ácido gama-hidroxibutírico) ou cogumelos durante os freak-offs. “Eu não conseguia me imaginar fazendo nada disso sem ter algum tipo de proteção ou uma maneira de não me sentir como realmente era, que era sem emoção e sexo com um estranho com quem eu não queria fazer sexo”, argumentou.
Além do sexo, Combs supostamente “controlava” todos os aspectos da vida de Cassie, inclusive pressionando-a a fazer implantes de silicone e impedindo-a de usar certos penteados. A justificativa usada por ele é que faziam a cantora parecer “muito mexicana“. O magnata do rap também teria a encorajado a furar as partes íntimas, incluindo o clitóris e os mamilos.
Em outro trecho, a artista alegou que Diddy a fez se sentir “incapaz de terminar o relacionamento, apesar dela querer fazer isso”. “Ele ligava incessantemente. Se não, ele faria com que a equipe e a segurança continuassem ligando até você atender”, narrou, referindo-se aos supostos hábitos obsessivos e a necessidade por controle do rapper.
Ventura apontou que Combs também a chantagearia, ameaçando colocar seus vídeos e fotos de seus encontros sexuais na internet. No entanto, ela destacou aos jurados que “às vezes, ainda havia amor no relacionamento”.
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