A atriz Lucélia Santos, que participou de grandes produções como “A Escrava Isaura”, de 1976, e “Sinhá Moça”, de 1986, falou sobre os tempos áureos nas novelas e revelou se voltaria às telinhas. As declarações foram feitas durante uma entrevista ao gshow nesta segunda-feira (12), em comemoração aos 60 anos da Globo.
A última trama da atriz na emissora foi “Malhação Múltipla Escolha”, em 2001. Desde então, ela participou de peças de teatro, como “Vestido de Noiva” e “Vozes da Floresta – Chico Mendes Vive”, e do folhetim português “Na Corda Bamba”, em 2019.
Quando questionada se teria interesse em retornar às novelas, Lucélia foi direta. “Sim, gostaria. Só não sei imaginar qual personagem seria adequada a mim”, itiu. “Tive e tenho uma história única na TV e no cinema. Algo que extrapolou as expectativas… Minha carreira não poderia ser construída por IA e nem seria recomendada como receita a ninguém. Foi única! É uma bela história da qual muito me orgulho”, continuou.
Ela contou que mantém grande apreço por produções como “Guerra dos Sexos”, “Vereda Tropical” e “Sinhá Moça”. “Tenho um imenso carinho por todos os trabalhos que fiz, sem exceção. Essas novelas eram boas demais, bem escritas”, confessou.
Ela relembrou também o momento marcante como protagonista de “A Escrava Isaura”, seu primeiro papel nas novelas: “Teve a importância de ser uma personagem icônica e logo na minha estreia na TV. Marcou, fortemente, a minha carreira”. O folhetim ganhou grande repercussão internacional, chegando a ser exibido em mais de 100 países.
O sucesso foi tanto que, segundo a atriz, a trama teria conquistado até mesmo o ex-presidente cubano Fidel Castro. “Fidel foi um dos inúmeros fãs da Isaura. Conta-se que ele assistiu a todos os capítulos e ainda exigia ver esses capítulos antes de irem ao ar, não sei se é verdade. São 53 anos de carreira e é ótimo ter o sucesso internacional, claro! Receber o carinho, o respeito e iração dos fãs, em países de culturas tão diversas, eu adoro!”, contou.
Lucélia, mãe do ator e escritor Pedro Neschling, falou ainda sobre como a maternidade a mudou. “Ela é um divisor de águas na vida de uma mulher. As atenções am a ser prioridade do filho ou filha, sempre! Até que eles cresçam, tenham personalidade e sigam à sua vida e os seus destinos. Não sou uma mãe tão coruja, apenas acompanho com respeito e torço sempre pelo sucesso dele”, disse.
A atriz é avó de Carolina, filha de Neschling com a também atriz Vitória Frate. Segundo ela, a pequena já demonstra uma veia artística. “Carolina é uma criança muito viva. Amo estar com ela, brincar com a minha neta. Faço isso o máximo que posso porque ela vive em Portugal. Então, a nossa relação é de férias. E assim vamos levando… Ela é um talento. Estou torcendo para que ela escolha ser atriz. Vou amar”, concluiu.
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